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Não foi  culpa dele

Por Arthur Calado

Conviver com alguém que tem tendência a cometer suicídio é, de longe, uma tarefa muito difícil. Identificar o comportamento, mais ainda. O tabu imposto em cima do tema faz com que as pessoas não se deem conta quando o fantasma assombra alguém próximo.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, em um universo de cinco pessoas, pelo menos uma sofrerá com problemas psicológicos, podendo desencadear uma tentativa de suicídio.

 

Desse modo, é crucial observar que pode acontecer com você ou com alguém próximo. Ajudar diretamente, muitas vezes, não é possível, mas a simples identificação já é o primeiro passo para a ajuda.

 

A reportagem entrou em contato com um garoto de 20 anos, que não quis se identificar. Ele, como muitas pessoas, não identificou tendência de suicídio na menina que ele estava começando a se relacionar. Aqui, chamaremos o jovem de Ricardo.

Ricardo é brincalhão, daqueles que não têm tempo ruim. Estudante de administração, o garoto de coração bondozo contou seu depoimento para o especial. 

Quando conversamos, Ricardo destacou ser um tema difícil para ele, mas que era necessário falar, para ajudar a evitar novos casos. 

Vale ressaltar que as pessoas não devem ser forçadas a falar, mas Ricardo demonstrou solidariedade e disposição a ajudar quem, um dia, possa passar por essa situação.

Ricardo não deve se culpar pelo acontecido, tampouco culpar a pessoa que cometeu tal ato. O suicídio é multifatorial, não pode ser resumido a “foi culpa de fulano”, “foi culpa de beltrano”.

 

À Ricardo, a reportagem presta total solidariedade pela perda, além de passar a mensagem de que ele não deve, em hipótese alguma, se culpar pelo acontecido.

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