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Editorial

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Um problema não se combate com silêncio, é no diálogo e na compreensão que afastamos todos os fantasmas. Ainda se persiste em tratar o tema Suicídio como um tabu, um assunto proibido; algo que, ao ser falado, profana toda a vida.

 

Mas o medo de falar não nos serve. A cada ano, no Brasil, cerca de 12 mil pessoas cometem suicídio, segundo dados do Ministério da Saúde. Aqui, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida, e em muitas dessas vezes, tudo poderia ter sido evitado. 

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O estigma e a sombra com que se envolve o suicídio dificulta o diagnóstico, tratamento e a prevenção, e torna maior distância entre os que querem ajuda e os que podem ajudar. Essa distância se apaga usando a voz, respeito e empatia. A OMS afirma que 90% dos casos de suicídio poderiam ter sido evitados se tratados de forma adequada. Ou seja, o silêncio trabalha na contra-mão de uma melhor prevenção.

 

Ouvidas, compreendidas e amparadas: pessoas que tem pensamentos suicidas e que sofrem com a situação merecem o total respeito e ajuda, e não devem ser tratadas simplesmente como “fracas” ou “que não gostam da vida”. Recusar o diálogo apenas contribui para estigmatizar um problema que afeta milhares de pessoas. 

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Falar sem julgamentos, sem culpabilização e com abordagem cuidadosa: é esse o início do caminho a se percorrer em busca da quebra do tabu que ainda é o suicídio.

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